Introdução: A febre em crianças é um dos principais motivos que levam pais ou responsáveis a
procurarem os serviços de saúde. Objetivo: Analisar a compreensão de pais ou responsáveis de
crianças de zero a cinco anos sobre a febre, ao levarem-nas aos serviços de urgência e
emergência, devido a este evento. Método: Estudo desenvolvido em duas etapas 1. Revisão
integrativa da literatura e 2. Estudo de campo. A revisão integrativa da literatura foi realizada
em seis etapas: a) elaboração da questão de pesquisa: quais as evidências relacionadas às
crenças, aos conhecimentos e motivos que levam pais ou responsáveis de crianças menores de
cinco anos de idade a procurarem os serviços de urgência e emergência em decorrência de
quadro febril? b) definição das bases de dados (Web Of Science, Lilacs, Scopus, Pubmed e
Scielo), utilizando-se dos Descritores: “pais”, “responsáveis”, “febre”, “parents”, “fever”,
“padres”, “responsables”, “fiebre”. Dos 1.386 artigos identificados, após aplicados os critérios
de exclusão e inclusão, selecionaram-se 20 artigos. c) coletadas as informações necessárias para
responder ao objetivo; d) avaliação dos artigos selecionados; e) interpretação dos resultados e
f) apresentação da síntese do conhecimento. A pesquisa de campo foi realizada a partir de
entrevistas com pais ou responsáveis que procuraram o serviço de urgência e emergência por
motivo de febre. Os dados foram analisados pela técnica de análise temática. Resultados: Na
revisão integrativa da literatura, evidenciou-se que em diferentes partes do mundo, o medo
exagerado da febre é o principal motivo para procura dos serviços de urgência e emergência, a
raça, escolaridade e o conhecimento sobre a saúde são determinantes para procura desses
serviços, além disso, revela-se que existem crenças a respeito da febre e formas de lidar com
esta, nem sempre pautadas na cientificidade. Na pesquisa de campo, foram encontradas três
categorias: temendo a febre; cuidando da criança com febre e experienciando o atendimento no
serviço de urgênica e emergência. Considerações Finais: embora as complicações decorrentes
dos quadros febris sejam raras, prevalece o medo excessivo da febre e crenças que contribuem
para isto. Ademais, os cuidados adotados nem sempre são os recomendados. Esses fatos
parecem relacionados com a evolução histórica dos conceitos que, ao longo do tempo, foram
veiculados às fantasias de pais ou responsáveis, os quais fazem associação com situações raras
de agravamento do estado de saúde que pode ser manifestado por febre.